quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Sistema Reprodutor Feminino & Oogénese.

Gónadas Femininas



Ovários – Encontram-se na cavidade abdominal, suspensos por ligamentos, parcialmente cobertos pelos pavilhões das trompas e apresentam forma semelhante a uma amêndoa. São responsáveis pela formação de óvulos e pela produção de hormonas sexuais femininas (progesterona).


Vias Genitais


Trompas de Falópio ou Ovidutos – Canais longos que ligam os ovários ao útero. A zona inicial, que envolve cada ovário tem a forma de um funil com franjas denominada pavilhão da trompa.


Útero – Órgão muscular em forma de pêra. A zona mais larga é designada por corpo do útero e a mais estreita, junto da vagina, é designada por colo do útero.


Vagina – Órgão copulador feminino, constituído por um canal flexível (7,5 a 9 cm) que se insere no colo do útero e que se abre para o exterior, ao nível da vulva.


Órgãos Genitais Externos


Lábios – São pregas cutâneas que podem ser divididas em dois grupos: Os mais externos, que fecham a vulva, designados por grandes lábios; Os mais internos muito sensíveis, designados por pequenos lábios.


Clitóris – Projecção tecidular de forma arredondada, extremamente sensível, e orientada para o orifício genital.


Orifício Genital – Corresponde á abertura da vagina.


Glândulas anexas


Glândulas de Skeme e Glândulas de Bartholin – Glândulas anexas responsáveis pela segregação de fluidos lubrificantes e anti-sépticos, que são lançados no orifício genital ou no interior da uretra.

Oogénese




Consideram-se as seguintes fases na Oogénese:


  • Fase da Multiplicação – Durante o desenvolvimento embrionário, cada uma das células germinativas, as oogónias (2n), multiplicam-se por mitoses sucessivas, dando origem a varias destas células.
  •  Fase de Crescimento – As oogónias que resultaram da fase anterior, aumentam de volume como consequência da síntese e acumulação de substâncias de reserva, originando um oócito I. Durante esta fase os oócitos I iniciam a primeira divisão meiótica, interrompida na profase I desde o nascimento até ao inicio da puberdade.
  • Fase da Maturação – Cada oócito I reinicia a primeira divisão meiótica, dando origem a duas células: Uma de grandes dimensões, o oócito II (n) e outra, muito mais pequena, o 1º glóbulo polar (n), que acaba por degenerar. A Ovulação provoca a expulsão do oócito II, na metáfase II, para o pavilhão das trompas. Se ocorrer fecundação, o espermatozóide, ao penetrar no invólucro protector do oócito II, estimula-o no sentido da conclusão da segunda divisão da meiose. Como resultado forma-se o óvulo maduro (n), de citoplasma abundante, e o 2º glóbulo polar que, á semelhança do primeiro, acaba por degenerar.

sábado, 26 de setembro de 2009

Sistema Reprodutor Masculino e Espermatogénese

Gónadas Masculinas

Testículos – Encontram-se no interior do escroto, apresentam uma forma ovalada e são limitados por um invólucro fibroso. São responsáveis pela formação dos espermatozóides e pela formação de hormonas sexuais masculinas (testosterona).


Vias Genitais


Epidídimo – Tubos longos (7 m) e intensamente dobrados que integram cada testículo. É o local onde se dá a maturação dos espermatozóides, a reciclagem de espermatozóides danificados e o controlo do fluido tubular.


Canais Deferentes Canais longos que se seguem aos Epidídimo e que se abrem na uretra. São responsáveis pela condução dos espermatozóides e, por vezes, pelo seu armazenamento.

Uretra – Canal que se inicia na bexiga e que se abre na extremidade do pénis. É responsável pela condução da urina e do esperma para o exterior.


Órgãos Genitais Externos


Pénis – Órgão que permite a colocação dos espermatozóides nas zonas mais profundas da vagina tornando, desta forma, mais viável a sua progressão e procura do óvulo. O pénis é constituído por tecidos erécteis (corpos cavernosos e esponjosos), pela glande, pelo prepúcio, e pela uretra.


Escroto – Bolsa onde se localizam os testículos fora da cavidade abdominal.


Glândulas anexas


Vesículas Seminais – Glândulas que produzem secreções que contem frutose (nutrição dos espermatozóides), hormonas e proteínas. Esta secreção vai integrar o sémen.


Próstata – Situada na base da bexiga, envolve a porção inicial da uretra. Produz um liquido esbranquiçado (líquido prostático), ligeiramente ácido, que contem vários compostos, entre os quais um antibiótico que previne infecções no trato urinário. Estas secreções, lançadas na uretra, vão integrar o sémen.


Glândulas de Cowper – Situadas na base do pénis, possuem uma forma arredondada e cerca de 1 cm de diâmetro. Segregam um fluido alcalino que ajuda a neutralizar os ácidos dos urinários e lubrifica a glande (ver pénis).



Espermatogénese



Podem considerar-se diversas fases na Espermatogénese:


Fase da Multiplicação – As espermatogónias, células diplóides (2n=46), dividem-se mitoticamente, originando outras células idênticas, o que permite uma constante provisão de espermatogónias. De cada duas células formadas uma mantém-se na fase de multiplicação e outra prossegue o desenvolvimento.


Fase de Crescimento – Ocorre um aumento de volume quase imperceptível em cada célula, formando-se o espermatócito I.


Fase de Maturação – Cada espermatócito I (célula diplóide) experimenta uma divisão nuclear meiótica. No final da primeira divisão estão formadas duas células haplóides (n=23), os espermatócitos II, nas quais cada cromossoma tem dois cromatídeos. No final da segunda divisão da meiose formam-se quatro células haplóides, os espermatídeos, em que cada cromossoma possui um só cromatídeo.


Fase de Diferenciação – Ocorre a transformação dos espermatídeos, células esféricas, em células altamente especializadas, os espermatozóides. Verifica-se o alongamento e achatamento do núcleo, a diferenciação de um flagelo, a eliminação de grande parte do citoplasma e reorganização de organelos citoplasmáticos. Assim, o complexo de Golgi forma uma grande vesícula, o acrossoma, que armazena enzimas digestivas e se adapta ao núcleo. Os centríolos dispõem-se no pólo oposto ao acrossoma e originam os micrótubulos que constituem o flagelo. As mitocôndrias dispõem-se em torno da base do flagelo e fornecem energia que permite o movimento desse prolongamento.







sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Biologia e os Desafios da Actualidade.


De desafios se faz a vida! Superá-los acrescenta sempre algo a um caminho que permanentemente se vai reconstruindo, refazendo e reforçando. O que pode ser interessante ao longo deste último ano de secundário é ir descobrindo que os desafios que quotidianamente enfrentamos se cruzam muitas vezes com os dilemas, avanços e recuos que as ciências da vida e toda a tecnologia que as envolve vão experimentando.



Desde a concepção de um ser humano até á manipulação do material genético dos seres vivos em geral, passando pelo controlo da fome, de doenças, de pragas e culminando na degradação ambiental que se tornou neste século uma emergência planetária, não cessamos de nos confrontar com desafios tecnocientíficos que tocam de forma profusa a vida de todos. A agricultura, o diagnóstico e tratamento de doenças, o ambiente, a indústria alimentar e farmacêutica, a investigação histórica e criminal são áreas onde a Biologia, na fronteira do conhecimento, se desafia a si própria em cada dia.


Não chega conhecer a linguagem científica com que diariamente nos confrontamos. Precisamos também de desenvolver atitudes, valores e aprender a fazer opções. Á emergência da biotecnologia que caracteriza o nosso tempo temos de ser capazes de responder com a eficácia que ela exige.


Um percurso gratificante e eficaz desde os desafios da Biologia até aos desafios pessoais e sociais é o desafio que este blogue “A Essência da Vida” aqui deixa.

Juliana Correia :)